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A rede hoteleira em Jericoacoara, a 300 km de Fortaleza, está com a rede hoteleira com 100% de sua capacidade ocupada. A vila possui 7.500 leitos entre hotéis e pousadas e todos estão lotados. A informação é da própria prefeitura de Jijoca de Jericoacoara. No entanto, boa parte dos frequentadores não respeitam as medidas de proteção contra o novo coronavírus. O decreto municipal publicado no dia 1º de agosto estabeleceu a retomada gradual das atividades na Vila de Jericoacoara. O documento autoriza reservas em hotéis, pousadas e meios de hospedagem, desde que os protocolos sanitários sejam seguidos. O decreto afirma ainda que barracas de praia e restaurantes poderiam funcionar com horário reduzido e público limitado a 50% da capacidade local. Para evitar aglomerações, os restaurantes colocaram as mesas com distanciamento social. Nas pousadas e hotéis, os responsáveis colocam à disposição do público o álcool em gel. Antes de entrar nos estabelecimentos, a aferição corporal também é medida. A movimentação intensa de turistas na vila anima o gerente comercial do grupo La Villa, Júlio César Borges. “A procura está imensa e a gente até foisurpreendido com essa demanda altíssima para os finais de semana e feriados. E hoje realmente estamos trabalhando com 100% total e para os próximos feriados também a demanda é muita alta. Inclusive para fora os feriados. O turismo voltou com força total”, diz satisfeito. Sobre o não uso das máscaras por parte da maioria dos turistas, Júlio César afirma que os empresários dos estabelecimentos orientam os turistas, mas está difícil convencê-los a utilizar a máscara de proteção. “Existe uma certa dificuldade para eles realmente cumprirem as regras. Que é o distanciamento e o uso de máscaras. As pousadas e os estabelecimentos estão orientando e estamos seguindo todos os protocolos, porém a gente tem ainda uma certa resistência pelo próprio turista de cumprir essas regras”, lamenta. Praia do Futuro com movimentação calma Já na Praia do Futuro, em Fortaleza, o cenário foi bem diferente do observado em Jericoacoara. A movimentação de turistas nas barracas no primeiro feriadão após retomada da economia é considerada tranquila. No entanto, na areia, fora das barracas, a reportagem do Sistema Verdes Mares observou que poucos frequentadores usavam máscaras. Muitos aproveitaram o sol para caminhar, praticar esportes ou simplesmente pegar um bronze. Essa tranquilidade na capital cearense tem uma explicação, segundo a Associação dos Meios de Hospedagem e Turismo (AMHT) de Fortaleza. O feriado prolongado de 7 de setembro não animou proprietários de pequenos hotéis e pousadas. De acordo com a presidente da entidade, Vera Lúcia da Silva, a taxa de ocupação na capital está entre 35% a 40%. “A data não foisuficiente para impulsionar de forma expressiva a ocupação nos hotéis e pousadas de Fortaleza. Quando consideramos os estabelecimentos representados pela AMHT na Capital, a média da ocupação cai para cerca de 35% a 40% para o feriado de 7 de setembro”, disse. De acordo com Régis Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), os empreendimentos afiliados em Fortaleza ainda apresentam ocupação em torno de 15% a 20%. “Nossa ocupação está melhorando com o passar dos meses, mas ainda é baixa. Não temos grupos, não temos voos, então o feriado será um pouco indiferente. Já os hotéis de praia estão com uma ocupação maior, de 70%, porque a própria população do Ceará está buscando as praias para passar o feriado”, reforça o presidente da ABIH-CE.
Fonte: Diário do Nordeste
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