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Ministério da Saúde deve suspender intervalo entre vacinas da gripe e da covid-19; estudo cearense sugere antecipação

 

Com o objetivo de acelerar as duas campanhas de imunização, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo da Costa Cruz, decidiu, nesta segunda-feira (27),  suspender o intervalo entre as vacinas da gripe e da Covid-19. O secretário assume o órgão temporariamente, enquanto o ministro Marcelo Queiroga cumpre quarentena em Nova York após ser diagnosticado com covid-19 durante a viagem.

Diante da queda da vacinação contra a gripe, que teve campanha iniciada em abril de 2021 e enfrenta dificuldades para bater a meta estipulada, Costa Cruz explica que “essa recomendação foi feita para poder aproveitar que o cidadão vai tomar a sua segunda dose da vacina contra a Covid, já está no posto de saúde e já toma também a dose da gripe”. Ele afirma que é seguro não manter esse intervalo de aplicação entre doses e que isso deve ocorrer com todas as vacinas. Técnicos ainda reforçam que a suspensão do intervalo não oferece riscos à população.

Estudo da UFC sugere antecipar vacinação contra gripe 

De acordo com estudo realizado por pesquisadores do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), antecipar a vacinação contra gripe, que atualmente tem início em abril, para janeiro pode reduzir os riscos de complicações neonatais. Os especialistas concluem que contrair o vírus Influenza durante a gravidez pode aumentar as chances de parto prematuro.

O estudo foi feito por meio de análises dos registros de influenza e da relação dos indicadores de recém-nascidos no Ceará entre os anos de 2013 e 2018. Neste período, foram notificados 3.297 casos de influenza no Estado, dos quais 145 ocorreram em mulheres grávidas, correspondendo a 4% do total. Assim, os pesquisadores fizeram uma comparação das consequências dos filhos de mãe que tiveram infecção respiratória aguda grave (SARI) e com filhos de mãe que não tiveram.

“O resultado foi surpreendente em dois aspectos principais: a taxa de bebês prematuros aumentou de 10,7% nas mães sem SARI para 15,5% nas mães com SARI, ou seja, nasceram mais bebês com menos de 37 semanas de gestação quando as mães manifestaram SARI na gestação”, aponta Ângelo Lima, coordenador do Núcleo de Biomedicina (Nubimed) da UFC.

Segundo os pesquisadores, os parâmetros são observados dois meses antes da campanha de imunização. Por esse motivo, eles acreditam que caso haja uma antecipação na campanha, o impacto no número de prematuros será imediato.

Com informações do Diário do Nordeste e O Povo.

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