Foto: Deivyson Teixeira |
O nome da operação, “Clavus” – palavra do Latim que significa “prego” ou semelhança de forma–, faz referência aos métodos padronizados utilizados pelos supostos criminosos para cometer os mesmos crimes em diferentes municípios do Estado. Segundo as investigações, o esquema consiste em um grupo de empresas que teriam firmado um ‘pacto’ para cooptar servidores públicos de Prefeituras e obter favorecimento em processos licitatórios relacionados à prestação de serviços de locação, estes não especificados pela Polícia.
De acordo com o inquérito, através da intermediação ilegal dos funcionários públicos, as organizações conseguiam se sair vencedoras na maioria das licitações que disputavam. A PC-CE também investiga indícios de superfaturamentos nos contratos que eram firmados após os procedimentos. O órgão não divulgou a quantidade exata de prefeituras envolvidas no esquema, mas disse que o alvo preferencial do grupo eram as Prefeituras de Tamboril e Nova Russas, ambas localizadas nos Sertões dos Crateús.
Documentos obtidos pelos investigadores indicam que as empresas alvo da operação possuem contratos estimados em R$ 160 milhões levando em conta todas as prefeituras envolvidas no esquema. Mais detalhes sobre a operação policial serão divulgados nesta quinta-feira, 7, às 11 horas, em coletiva de imprensa na sede da Superintendência Estadual da PC-CE, Fortaleza.
O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Nova Russas, que prometeu enviar esclarecimentos sobre o assunto até a manhã desta quinta-feira. Já a Prefeitura de Tamboril, informou, por meio de nota, que as investigações da “Operação Clavus” estão relacionadas a governos anteriores e não têm “qualquer vinculação com a atual gestão municipal”.
FONTE: BFJR
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